Penso que a interação entre AVAs, mídias
sociais e ferramentas de comunicação oportunizam maior integração
entre alunos e professores.
As redes sociais ampliam a comunicação em EaD
porque os alunos já estão inseridos nesse universo de
relacionamento virtual.
Às vezes quando compartilho uma publicação em
grupos fechados em redes sociais com milhares de participantes, o
acesso aumenta significativamente. Ninguém, mas ninguém pode
negligenciar o poder das redes sociais nas organizações e no
próprio trabalho.
Os grupos criados em whatsapp já são estratégias
do “estar junto” em EaD. Vídeos, comunicação, imagens, fotos
dos encontros, mas tudo é compartilhado nesse novo “território”,
ciberespaço. E que além da produção de conteúdos também penso
que é preciso pensar em estratégias de ensino para facilitar a
aprendizagem dos alunos.
Tenho refletido algumas coisas por aqui: o
significado de presencialidade e a distância, o estar junto, a
utilização de ferramentas para comunicação e informação, o
estar conectado e desconectado, sem perder de vista as intenções
pedagógicas com o uso das tecnologias no trabalho de tutoria que
realizamos.
Outro dia ouvi uma colega falar para a outra no
momento da chegada ao trabalho: minha amiga ontem esqueci o
celular e hoje tenho 520 mensagens para ler. E eu fiquei me
questionando: essa colega está sendo escravizada por um aparelho que
deveria ser usado para melhorar a sua vida no trabalho e na vida
pessoal?
Nas ruas, nos bares e no trabalho, nas reuniões nós
percebemos as pessoas “nas nuvens”. Podemos observar esse
comportamento nos encontros presenciais.
E penso que precisamos criar regras, seja na
família, nos encontros formativos para evitar a “disfunção”
dessas tecnologias na efetividade de um trabalho de acordo com os
objetivos propostos.
Se todos estão nas nuvens interagindo remotamente
(com outras atividades) é claro que a presencialidade nos encontros
formativos não existirá e que o tutor naquele momento está falando
para as paredes.
E quanto isso remete uma falta de educação e de
consciência do eu, um tempo de “Vida Líquida” em que Zygmunt
Bauman fala da fragilidade das relações humanas e da degradação
da existência humana perdida pelo consumo e pela superficialidade
nas amizades, seja no mundo real ou virtual.
Como você consegue ter tantos “amigos” nas
redes sociais se não consegue estabelecer amizades com os seus
vizinhos, com os seus parentes, até com a família dentro de casa? É
caso de que tudo virou “mercado”, “interesses”?
Por isso, acredito que nunca foi tão importante o
professor nesse início de século para mediar processos de ensino
que desenvolvam uma relação de mais significados e sentimentos
entre quem “ensina e aprende”, entre quem “aprende e ensina”.
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