domingo, 15 de janeiro de 2017

As redes sociais na Educação a Distância.



Penso que a interação entre AVAs, mídias sociais e ferramentas de comunicação oportunizam maior integração entre alunos e professores.
As redes sociais ampliam a comunicação em EaD porque os alunos já estão inseridos nesse universo de relacionamento virtual.
 
Às vezes quando compartilho uma publicação em grupos fechados em redes sociais com milhares de participantes, o acesso aumenta significativamente. Ninguém, mas ninguém pode negligenciar o poder das redes sociais nas organizações e no próprio trabalho.
Os grupos criados em whatsapp já são estratégias do “estar junto” em EaD. Vídeos, comunicação, imagens, fotos dos encontros, mas tudo é compartilhado nesse novo “território”, ciberespaço. E que além da produção de conteúdos também penso que é preciso pensar em estratégias de ensino para facilitar a aprendizagem dos alunos.
Tenho refletido algumas coisas por aqui: o significado de presencialidade e a distância, o estar junto, a utilização de ferramentas para comunicação e informação, o estar conectado e desconectado, sem perder de vista as intenções pedagógicas com o uso das tecnologias no trabalho de tutoria que realizamos.
Outro dia ouvi uma colega falar para a outra no momento da chegada ao trabalho: minha amiga ontem esqueci o celular e hoje tenho 520 mensagens para ler. E eu fiquei me questionando: essa colega está sendo escravizada por um aparelho que deveria ser usado para melhorar a sua vida no trabalho e na vida pessoal?
Nas ruas, nos bares e no trabalho, nas reuniões nós percebemos as pessoas “nas nuvens”. Podemos observar esse comportamento nos encontros presenciais.
E penso que precisamos criar regras, seja na família, nos encontros formativos para evitar a “disfunção” dessas tecnologias na efetividade de um trabalho de acordo com os objetivos propostos.
Se todos estão nas nuvens interagindo remotamente (com outras atividades) é claro que a presencialidade nos encontros formativos não existirá e que o tutor naquele momento está falando para as paredes.
E quanto isso remete uma falta de educação e de consciência do eu, um tempo de “Vida Líquida” em que Zygmunt Bauman fala da fragilidade das relações humanas e da degradação da existência humana perdida pelo consumo e pela superficialidade nas amizades, seja no mundo real ou virtual.
Como você consegue ter tantos “amigos” nas redes sociais se não consegue estabelecer amizades com os seus vizinhos, com os seus parentes, até com a família dentro de casa? É caso de que tudo virou “mercado”, “interesses”?
Por isso, acredito que nunca foi tão importante o professor nesse início de século para mediar processos de ensino que desenvolvam uma relação de mais significados e sentimentos entre quem “ensina e aprende”, entre quem “aprende e ensina”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário