quinta-feira, 2 de março de 2017

Vamos dar um basta ao mau uso do dinheiro público




Módulo IV Vamos dar um basta ao mau uso do dinheiro público
Fernando Agra
Bater no mais fraco não é sinal de coragem e sim de covardia, pois o mais forte se aproveita da fragilidade do outro. Coragem é enfrentar alguém do mesmo tamanho. Só que nessa hora os covardes fogem. Só ficam os corajosos!
 
Há poucos minutos assisti a duas reportagens que ilustram o descaso com a educação e com a saúde pública no Brasil. Por outro lado, os jornais estampam notícias de superfaturamentos em licitações fraudulentas no serviço público. Essas situações mostram para onde vai parte do dinheiro público (bolsos de gatunos e corruptos) e para onde deveria ir (serviços públicos essenciais).
Na primeira reportagem, exibida no Jornal da Band, foram apresentadas escolas públicas sem as mínimas condições para a realização de aulas. Não havia sequer paredes. Na segunda reportagem, exibida no Jornal Nacional, foi apresentada uma situação que mostrou que existe uma fila de espera de 300 mil exames a serem realizados pelos SUS. E aí eu questiono: faltam recursos ou os mesmos não são utilizados corretamente? Nesse ano, o governo (nas suas 3 esferas) já arrecadou mais de R$ 1 trilhão em tributos 2 dias antes do que no mesmo período do ano passado. Isso mostra um crescimento da arrecadação tributária em consonância com situações inadmissíveis supracitadas da saúde e da educação públicas.
Fiquei tão indignado que tirei um cochilo e logo sonhei que estava no planeta do meu amigo Avatar (aquele de artigos passados e que fazia tempo não dava notícias). Lembro-me de trechos da minha conversa com o meu amigo interplanetário. O Avatar estava tão indignado pois foram feitas denúncias de que havia corrupção nos esquemas de licitações para a prestação de serviços e vendas de mercadorias a órgãos públicos interplanetários. Pedi para que ele me explicasse melhor e aí ele disse:
̶ Outro dia, no Jornal Interplanetário, uma reportagem mostrou que na UIFVL (Universidade Interplanetária Federal da Via Láctea) havia servidores públicos interplanetários que se beneficiavam nos processos de compras ao favorecer determinadas empresas privadas interplanetárias dispensando as mesmas de licitação, ao alegar que as compras eram emergenciais. E a UIFVL comprava mercadorias por preços superfaturados. E os servidores corruptos obtinham uma propina que variava de 10 a 20% do valor da compra. Em outra situação, um empresário possuía 3 empresas diferentes que participavam da mesma licitação, ou seja, os envelopes pertenciam ao mesmo empresário que superfaturava os preços e ganhava em um processo de falsa licitação (na verdade, era uma ilicitação). Em ambos os casos, quem perdia era o contribuinte interplanetário que pagava seus tributos em dia e não obtinha retornos nos serviços básicos da sua galáxia. Acordei indignado e revoltado. Mas, graças a Deus era somente um pesadelo.
Uma questão interessante para dar uma maior transparência aos processos de licitação é após a aprovação das mesmas, disponibilizar de imediato à sociedade os preços de cada insumo, matéria-prima e mercadoria comprada nesse processo. Sugiro que essas informações estejam on line para que a população possa comparar os preços pagos com os que são praticados no mercado. Caso os preços da licitação sejam mais altos que os praticados atualmente no mercado, a licitação deverá ser suspensa para investigação e punição aos culpados. Pois se a sociedade paga pela licitação preços mais caros que os de mercado, logo é melhor comprar direto do mercado a preços mais baixos. E tem mais, normas mais rígidas precisam ser estabelecidas para compras de emergência (que dispensam licitação), pois muitos corruptos se aproveitam dessa situação para comprar de modo superfaturado, beneficiam as empresas com quem possuem ligação e ainda ganham propina.
(...)
Fonte:http://www.acessa.com/negocios/arquivo/economia/2013/09/16-vamos-dar-um-basta-ao-mau-uso-do-dinheiro-publico/ *29/10/2014*9h.
Início de destaque.
No seu ponto de vista, com os conhecimentos adquiridos neste Módulo do Curso, o que você pode fazer para mudar esta realidade?
 Para baixar os módulos do curso e também textos complementares acesse a biblioteca do curso em Educação Fiscal

7 comentários:

  1. A realidade brasileira só poderá ser mudada se nós cidadãos passarmos a acompanhar mais de perto o uso do dinheiro público através do portal da transparência e denunciar as irregularidades encontradas. Mas o principal é analisarmos as propostas dos candidatos para escolhermos melhor nossos representantes e cobrá-los quando necessário.

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  2. Infelizmente a falta de um sistema preciso, que mostre de forma mais minuciosa como realmente são distribuídos nossos recursos como menciona a Fernanda Angra em “disponibilizar de imediato à sociedade os preços de cada insumo, matéria-prima e mercadoria comprada nesse processo.” É algo que permite que ainda realizem uma “maquiagem” nas contas públicas, porém o principal problema é a sensibilização da sociedade em serem mais participativa na fiscalização, muitos deixam para os órgãos públicos responsáveis realizar essa tarefa e esquecem que os recursos usados a serem geridos são de todos e não de uma parcela ou de algo isolado da sociedade.
    Att.:Alyne jeamylle

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  3. De fato, em nosso país os recursos são mal utilizados. Vivemos numa sociedade em que os indivíduos estão desinformados e não acompanham a utilização dos mesmos. Devemos acompanhar, cobrar e denunciar as irregularidades encontradas. Temos que nos conscientizar que estes recursos pertencem a todos, e a sociedade deve estar sensibilizada e atenta a situação de alerta em que nos encontramos.

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  4. O mal uso do dinheiro publico é um grande mau que nos assola, nos dias atuais, podemos perceber o quanto estamos sofrendo com a onda de corrupção que se revela a cada dia. Para que a nossa realidade venha melhorar precisamos de um grande investimento em educação, pois é através da educação que podemos criar cidadãos conscientes e capazes de cobrar dos governantes o que é melhor para a sociedade. Assim, um povo bem educado pode exercer sua cidadania e ter capacidade de realizar o controle social dos gastos publicos, participando ativamente do governo e sua administração.

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  5. Hoje estamos cercados de casos de corrupção que envolve o dinheiro público tudo isso ocorre por diversos fatores que fere nossos direitos. Muitas vezes a falta de executar a verdadeira função de um bom cidadão que esteja sempre a procura de informações sobre a utilização do dinheiro público, a não fiscalização é que abre as portas para essa roubalheira que esta afetando nosso país de forma grotesca. A escolha de nossos candidatos também é um ponto importante pois eles é quem estará a frente da execução e administração do nosso dinheiro, então temos que verificar as propostas lançadas por eles e acompanhar de perto o processo de desenvolvimento das mesmas. Cobrar e fiscalizar esse é o nosso dever de cidadão, não se calar diante de tantas irregularidades buscar sempre nosso direito. Ter conhecimento é muito importante para o desenvolvimento do nosso país.

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  6. Cidadão indivíduo que, como membro de um Estado, usufrui de direitos civis e políticos por estes garantidos e desempenha os deveres que, nesta condição, lhe são atribuídos.
    CORRUPÇÃO, PROPRINA, SUPERFATURAMENTO, LAVAGEM DE DINHEIRO, são palavras que constantemente vemos em toda mídia de noticias e informações. Em base a nossa Constituição de Direitos, são considerados escândalos políticos, dos quais não se há como apagar e repara o grande prejuízo social. É intrigante que tais fatos ainda permanecem a acontecer no Brasil em pleno século XXI, e ainda nos deixamos ser representados por pessoas que estão no meio destes escândalos. Todos têm a parcela de culpa naqueles que colocamos no poder e por não agir como cidadão. É necessário que sejamos atuantes e ativos na fiscalização, acompanhamento das despesas e processos licitatórios, para assim termos uma sociedade mais igualitária e justa quanto às serviços públicos prestados. É de suma importância que a contribuição de todos na coragem de lutar por seus direitos.

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