domingo, 25 de janeiro de 2015

Luckesi e a diferença entre exame e avaliação.




Avaliação é uma especificidade da avaliação. 
Avaliação funciona igual para todos os objetos ou área da atuação humana (empresas, político, escolas, etc).
O objetivo do ato de avaliar é conseguir diagnosticar uma experiência que tem um resultado mais satisfatório.
A avaliação da aprendizagem pretende diagnosticar a aprendizagem que está ocorrendo, os instrumentos do ensino que estão contribuindo para esta aprendizagem (como as estratégias de ensino para a aprendizagem)
Tomar decisões que auxiliem esse processo na melhoria da aprendizagem na perspectiva de obtenção de resultados mais satisfatórios;
O objetivo da avaliação é propiciar decisões que produzam resultados mais satisfatórios. 

 
Luckesi faz  uma crítica sobre o processo de avaliação nas escolas porque o que existe são exames. Há uma diferença entre o ato de avaliar e o ato de examinar.
Nós chamamos de avaliação e praticamos exames.
O que é examinar e o que é avaliar?
O ato de examinar tem três características básicas:
Primeiro: os exames são pontuais: só servem para aquele momento, não avalia o antes e nem o depois. Exemplo: os vestibulares e a própria prova que o professor passa.
Segundo: os exames são classificatórios: classificam alunos entre reprovados, aprovados em recuperação. Tem uma escola de notas, tem média de notas e o aluno fica classificado com média tal.
No exame o aluno será classificado pela nota que ele que tirar e não considera o seu avanço na avaliação. Por exemplo, se aluno tira nota 2 em uma prova e 10 na outra, ele fica com a média 6. E não se considera o nível de avanço na aprendizagem.
A terceira característica dos exames que ele é seletivo. Como, por exemplo, o ENEM e os Vestibulares que excluem uma grande parte dos alunos o acesso à universidade.
Os exames são seletivos e excludentes.
Por outro lado, a avaliação tem três características.
1. O ato de avaliar não é pontual. Enquanto os exames verificam o que está acontecendo agora, a avaliação analisa o que estava acontecendo antes, o que está acontecendo agora e o que pode vir a acontecer.
No ato de examinar afirma-se que o aluno não sabe. E no ato de avaliar aponta-se que o aluno ainda não sabe, porque depois o aluno poderá vir a saber. O importante é acreditar que o aluno irá vir a saber ou aprender, se houver um trabalho educativo.
Enquanto os exames são classificatórios, a avaliação é dinâmica. A avaliação não classifica. Ela diagnostica o que está ocorrendo para que haja possibilidade de melhoria.
Que a avaliação é diagnóstica. Que ela é formativa  e é dialética. Que ela é dialógica. Que ela é mediadora, termos que para o autor são redundantes porque se é avaliação, ela precisa ter e ser todos esses predicados (mediadora, formativa, dialética, dialógica,etc).
A avaliação possibilita uma dinâmica de acompanhar o desenvolvimento do aluno em todo o processo de ensino e aprendizagem.
Por fim, a avaliação é includente. Ela traz para dentro. Enquanto que a prática do exame coloca alguém para fora. A prática da avaliação diz para ao aluno: rapaz venha para dentro que iremos ajudá-lo a saber.
Portanto, as três características do ato de examinar são opostos às características de avaliar. E a postura do educador deverá ser permanentemente de avaliar. 
E por isso, o longo e árduo caminho para se compreender a avaliação como processo para contribuir no desenvolvimento potencial do aluno, atuando na zona de desenvolvimento proximal,ou seja, entre o que o aluno já sabe fazer sem ajuda do professor (conhecimento real) e o que ele ainda poderá conseguir (conhecimento potencial). 

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