domingo, 15 de janeiro de 2017

O aluno não quer nada? O professor também não quer nada?

E se "aluno não quer nada"? O "professor também não quer nada"?


Sobre o "querer" do aluno não podemos também esquecer do "querer" do professor, mas especificamente do "querer" do aluno me lembrei da palavra "vontade", vontade de aprender, ou vontade de comer. Você come se tiver fome. Nós aprendemos se tivermos vontade de aprender e semelhantemente comemos quando temos vontade de comer. E o cheiro de uma boa “picanha” nos faz até salivar, assim como boas aulas nos fazem querer mais e aprender mais.


E fazer o aluno salivar o conhecimento. Eis o desafio dos professores. E acredito também que o professor mediador tem maiores possibilidades de fazer o aluno "salivar o conhecimento".

Também acredito que o professor precisa conhecer as potencialidades das ferramentas de comunicação e informação, além das ferramentas de produção de hipermídias (hipertextos), audiovisuais, ebooks, mapas conceituais, etc.


http://rosangelamentapde.pbworks.com/w/page/9127635/Mapas%20Conceituais

Por exemplo, acho fabuloso orientar os alunos para produção de mapas conceituais a partir de orientação e produção das pesquisas. A partir do desenvolvimento de aprendizagem cooperativa, os alunos em grupos, irão desenvolver uma apresentação utilizando mapas conceituais. A ferramenta cmaptools em http://cmaptools.br.uptodown.com/windows pode ser um bom instrumento para desenvolver competências de síntese de nossos alunos.

Bem, é isso, acredito que as novas tecnologias criaram inúmeras possibilidades para os nossos professores seja no ensino presencial ou a distância, mas o grande problema é ainda qualificar o planejamento, a elaboração de estratégias de ensino fortalecida com o aprendizado dessas tecnologias e focar a avaliação na melhoria das práticas pedagógicas. Avaliar só tem sentido se for para ajudar professores no seu processo de ensino para atingir a aprendizagem dos seus alunos.

Veja bem, se os professores não usam as tecnologias para aprender, por exemplo, a construção de um blog, como poderão estimular os alunos para que desenvolvam a autoria em publicação na internet?

Vamos lembrar que a internet e suas ferramentas têm três dimensões importantes no processo de ensino:
1.A pesquisa na internet. Orientar o aluno a fazer pesquisa, estabelecendo a qualidade da pesquisa com referência, inclusive de imagens. E aí é importante qualificar o debate com os alunos sobre o que é pesquisa e o que não é pesquisa. Já dizia um pensador francês, que aqui não me lembro o nome: quando uma pessoa retira alguma coisa da internet e coloca na folha de papel, ele não fez pesquisa, mas cópia, mas se ele consegue dialogar com vários autores e colocar as suas considerações, então a pesquisa aconteceu.

2. A comunicação na internet - A comunicação é fundamental, seja para informar, seja para orientar e importante como instrumento para estimular os alunos na realização das atividades propostas. A comunicação acontece entre professor-aluno e alunos-alunos e também com coordenadores escolares.

No ensino pode e deve acontecer comunicação com os pais e responsáveis dos alunos. E o trabalho de comunicação entre professor e aluno é fundamental para o sucesso da aprendizagem e para isso é preciso discutir a melhor forma de realizar a comunicação, a abordagem é fundamental.

Criar grupos de WhatsApp com alunos e pais de cada turma é muito interessante. Os pais poderão acompanhar online, de forma real, a participação dos filhos e as tarefas propostas pelo professor, além de melhorar a comunicação.


3. A internet como autoria - Eis o grande desafio e o uso mais nobre das tecnologias na vida de professores e alunos: a autoria;

Algum professor já produziu um ebook para demonstração aos alunos nas aulas de autoria? Algum professor já produziu um vídeo para demonstrar aos seus alunos como editar e produzir vídeos? E os hipertextos? Bem, os caminhos são longos, mas navegar é preciso.

Bem, ainda sobre “vontade” me lembrei do parecer de nº 1044/2003 do CEE cujo relator Jorgelito Cals de Oliveira responde uma consulta sobre o que é dia letivo e do qual extraio o seguinte fragmento do seu seu parecer: atividade escolar é o processo em que alunos, sob a orientação de um professor, buscam a aprendizagem, isto é, um momento de enriquecimento da inteligência e/ou um estímulo à formação da vontade. Pela inteligência aprende-se, sabe-se, conhece-se e, pela vontade, se deseja, se quer, se realiza. Com a transmissão de conhecimentos, enriquece-se a inteligência e, com a orientação e prática de bons princípios, forma-se a vontade.

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