E se o "aluno não quer nada"? O
"professor também não quer nada"?
Sobre o "querer"
do aluno não podemos também esquecer do "querer" do
professor, mas especificamente do "querer" do aluno me
lembrei da palavra "vontade", vontade de aprender, ou
vontade de comer. Você come se tiver fome. Nós aprendemos se
tivermos vontade de aprender e semelhantemente comemos quando temos
vontade de comer. E o cheiro de uma boa “picanha” nos faz até
salivar, assim como boas aulas nos fazem querer mais e aprender mais.
E fazer o aluno salivar o
conhecimento. Eis o desafio dos professores. E acredito também que o
professor mediador tem maiores possibilidades de fazer o aluno
"salivar o conhecimento".
Também acredito que o
professor precisa conhecer as potencialidades das ferramentas de
comunicação e informação, além das ferramentas de produção de
hipermídias (hipertextos), audiovisuais, ebooks, mapas conceituais,
etc.
http://rosangelamentapde.pbworks.com/w/page/9127635/Mapas%20Conceituais
Por exemplo, acho
fabuloso orientar os alunos para produção de mapas conceituais a
partir de orientação e produção das pesquisas. A partir do
desenvolvimento de aprendizagem cooperativa, os alunos em grupos,
irão desenvolver uma apresentação utilizando mapas conceituais. A
ferramenta cmaptools em http://cmaptools.br.uptodown.com/windows
pode ser um bom instrumento para desenvolver competências de síntese
de nossos alunos.
Bem, é isso, acredito
que as novas tecnologias criaram inúmeras possibilidades para os
nossos professores seja no ensino presencial ou a distância, mas o
grande problema é ainda qualificar o planejamento, a elaboração de
estratégias de ensino fortalecida com o aprendizado dessas
tecnologias e focar a avaliação na melhoria das práticas
pedagógicas. Avaliar só tem sentido se for para ajudar professores
no seu processo de ensino para atingir a aprendizagem dos seus
alunos.
Veja bem, se os
professores não usam as tecnologias para aprender, por exemplo, a
construção de um blog, como poderão estimular os alunos para que
desenvolvam a autoria em publicação na internet?
Vamos lembrar que a
internet e suas ferramentas têm três dimensões importantes no
processo de ensino:
1.A pesquisa na internet.
Orientar o aluno a fazer pesquisa, estabelecendo a qualidade da
pesquisa com referência, inclusive de imagens. E aí é importante
qualificar o debate com os alunos sobre o que é pesquisa e o que não
é pesquisa. Já dizia um pensador francês, que aqui não me lembro
o nome: quando uma pessoa retira alguma coisa da internet e coloca na
folha de papel, ele não fez pesquisa, mas cópia, mas se ele
consegue dialogar com vários autores e colocar as suas
considerações, então a pesquisa aconteceu.
2. A comunicação na
internet - A comunicação é fundamental, seja para informar, seja
para orientar e importante como instrumento para estimular os alunos
na realização das atividades propostas. A comunicação acontece
entre professor-aluno e alunos-alunos e também com coordenadores
escolares.
No ensino pode e deve
acontecer comunicação com os pais e responsáveis dos alunos. E o
trabalho de comunicação entre professor e aluno é fundamental para
o sucesso da aprendizagem e para isso é preciso discutir a
melhor forma de realizar a comunicação, a abordagem é
fundamental.
Criar grupos de WhatsApp
com alunos e pais de cada turma é muito interessante. Os pais
poderão acompanhar online, de forma real, a participação dos
filhos e as tarefas propostas pelo professor, além de melhorar a
comunicação.
3. A internet como
autoria - Eis o grande desafio e o uso mais nobre das tecnologias na
vida de professores e alunos: a autoria;
Algum professor já
produziu um ebook para demonstração aos alunos nas aulas de
autoria? Algum professor já produziu um vídeo para demonstrar aos
seus alunos como editar e produzir vídeos? E os hipertextos? Bem, os
caminhos são longos, mas navegar é preciso.
Bem, ainda sobre
“vontade” me lembrei do parecer de nº 1044/2003 do CEE cujo
relator Jorgelito Cals de Oliveira responde uma consulta sobre o que
é dia letivo e do qual extraio o seguinte fragmento do seu seu
parecer: atividade escolar é o processo em que alunos, sob a
orientação de um professor, buscam a aprendizagem, isto é, um
momento de enriquecimento da inteligência e/ou um estímulo à
formação da vontade. Pela inteligência aprende-se, sabe-se,
conhece-se e, pela vontade, se deseja, se quer, se realiza. Com a
transmissão de conhecimentos, enriquece-se a inteligência e, com a
orientação e prática de bons princípios, forma-se a vontade.
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