Bem, para responder
essa questão vou buscar algumas considerações sobre o texto
educação a distância baseada na Web 2.0: a emergência de uma
Pedagogia 2.0 de Grosseck at all, ( 2009)
Primeiro que não
concordo que vivemos na sociedade do conhecimento, mas ainda em uma
sociedade informacional. Não atingimos um nível de conhecimento
complexo, ou pensamento complexo.
Além do mais, não
chegamos a uma quarta onda (o da sustentabiliade que é termo
complexo para explicar as várias dimensões da existência humana –
o que é sustentabilidade? E nem ainda chegamos a quinta onda (que é
uma volta ao mundo de sofia, o pensamento mais elaborado, o mundo das
ideias (a nooesfera de um lado e a biosfera de outro e o ser humano
atingindo a dimensão da espriritualidade e convivência e respeito
com todas as formas de vida e todas as opções de vida).
Creio que ainda estamos
na terceira onda - Alvin Toffler - (era da informação), apesar das
aplicações das ferramentas da web 2.0 apontarem para muitas
possibilidades e oportunidades em todas as dimensões da sociedade
humana. O desafio dos professores e universidades é aproveitar
essas oportunidades e possibilidades para dinamizar o seu processo de
ensino.
E apesar da complexidade
desse cenário o “estar ser humano e sua forma de existência” a
base do consumo e da produção gerada por combustíveis fósseis,
creio que temos muito mais possibilidades e oportunidades.
As ferramentas web 2.0
apontam para essas possibilidades, mas podemos nos perder diante do
entretenimento e das coisas líquidas e periféricas, sem adentrar em
coisas que possam mudar a nossa forma de estar no mundo e de estar
com as pessoas.
Por outro lado devo
concordar que o conhecimento assume posição privilegiada (poucos
conseguem compreender o mundo, o país e as grandes questões
emergentes de nosso tempo que estão entrelaçadas em várias áreas
do conhecimento.
Mais do que competência
para contextualizar informações, o desafio é desenvolver um
pensamento capaz de descontextualizar informações que chegam
pinçadas de outros contextos. E ai devo concordar também que isso é
fenômeno de uma sociedade em rede (Castells, 1999) em que os
sujeitos conectados devem ser além de buscadores de informações,
também sejam avaliadores, solucionadores de problemas e
principalmente a capacidade de imaginar e criar coisas diferentes a
partir das possibilidades que as novas ferramentas da web 2.0
oportunizam e possibilitam.
E as possibilidades da
web 2.0 permitem aos sujeitos digitais a colaboração, a interação,
o compartilhamento de conhecimento e conteúdos baseado em sofware
social que tem como característica flexibilidade e facilidade de
acesso e uso e por isso com muitas aplicações na educação a
distância, tendo como o aluno como centro do processo de
aprendizagem.
E a web 2.0 tem muitas
contribuições para o professor dinamizar os seus processos de
ensino e desenvolver uma aprendizagem cooperativa, geração de
conhecimento e produção de diversas linguagens interativas em
software social.
No entanto, todas essas
possibilidades carecem de um projeto político pedagógico e
currículo inovador para aproveitar oportunidades que as interfaces
das ferramentas web 2.0 oferecem aos professores.
Portanto, a cerne da
questão vai muito além de qualquer coisa na educação. O que nos
falta é um projeto progressista de ensinar e aprender, ou seja, um
projeto político inovador que envolva os alunos no ensino e na
aprendizagem.
E as universidades e
escolas precisam investir em formação dos professores para que
estes entendam, por exemplo, a inserção das ferramentas web 2.0
para gerar conhecimento em comunidades de aprendizagem.
O desafio maior é que os
professores desenvolvam competências e habilidades para aproveitar
todas as possibilidades e oportunidades. Eis os desafios.
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, Marta Kohl de.
Vygotsky – Aprendizado e Desenvolvimento: um processo
sócio-histórico. São Paulo: Spcione, 1993.
REGO, Teresa Cristina.
Vygotsky: um perspectiva histórico-cultural da educação. 6ª ed.
Petrópolis: Vozes, 1998.
VYGOTSKY, L. S. A
Formação Social da Mente. 5ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
PAPERTM, Seymour. A Máquina das Crianças: repensando a escola na
era da informática. Trad. Sandra Costa. Porto Alegre: Artes Médicas,
1994.
FILHO, Luís Moreira de
Oliveira A mediação pedagógica no processo de alfabetização.
Disponível em
http://olhosdosertao.blogspot.com.br/2014/08/a-mediacao-pedagogica-no-processo-de.html
. Acesso em 10.7.2016.
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