domingo, 15 de janeiro de 2017

Há a necessidade de uma emergência da web 2.0 na educação?



Bem, para responder essa questão vou buscar algumas considerações sobre o texto educação a distância baseada na Web 2.0: a emergência de uma Pedagogia 2.0 de Grosseck at all, ( 2009)

Primeiro que não concordo que vivemos na sociedade do conhecimento, mas ainda em uma sociedade informacional. Não atingimos um nível de conhecimento complexo, ou pensamento complexo.
Além do mais, não chegamos a uma quarta onda (o da sustentabiliade que é termo complexo para explicar as várias dimensões da existência humana – o que é sustentabilidade? E nem ainda chegamos a quinta onda (que é uma volta ao mundo de sofia, o pensamento mais elaborado, o mundo das ideias (a nooesfera de um lado e a biosfera de outro e o ser humano atingindo a dimensão da espriritualidade e convivência e respeito com todas as formas de vida e todas as opções de vida).


Creio que ainda estamos na terceira onda - Alvin Toffler - (era da informação), apesar das aplicações das ferramentas da web 2.0 apontarem para muitas possibilidades e oportunidades em todas as dimensões da sociedade humana. O desafio dos professores e universidades é aproveitar essas oportunidades e possibilidades para dinamizar o seu processo de ensino.

E apesar da complexidade desse cenário o “estar ser humano e sua forma de existência” a base do consumo e da produção gerada por combustíveis fósseis, creio que temos muito mais possibilidades e oportunidades.

As ferramentas web 2.0 apontam para essas possibilidades, mas podemos nos perder diante do entretenimento e das coisas líquidas e periféricas, sem adentrar em coisas que possam mudar a nossa forma de estar no mundo e de estar com as pessoas.
Por outro lado devo concordar que o conhecimento assume posição privilegiada (poucos conseguem compreender o mundo, o país e as grandes questões emergentes de nosso tempo que estão entrelaçadas em várias áreas do conhecimento.

Mais do que competência para contextualizar informações, o desafio é desenvolver um pensamento capaz de descontextualizar informações que chegam pinçadas de outros contextos. E ai devo concordar também que isso é fenômeno de uma sociedade em rede (Castells, 1999) em que os sujeitos conectados devem ser além de buscadores de informações, também sejam avaliadores, solucionadores de problemas e principalmente a capacidade de imaginar e criar coisas diferentes a partir das possibilidades que as novas ferramentas da web 2.0 oportunizam e possibilitam.

E as possibilidades da web 2.0 permitem aos sujeitos digitais a colaboração, a interação, o compartilhamento de conhecimento e conteúdos baseado em sofware social que tem como característica flexibilidade e facilidade de acesso e uso e por isso com muitas aplicações na educação a distância, tendo como o aluno como centro do processo de aprendizagem.



E a web 2.0 tem muitas contribuições para o professor dinamizar os seus processos de ensino e desenvolver uma aprendizagem cooperativa, geração de conhecimento e produção de diversas linguagens interativas em software social.

No entanto, todas essas possibilidades carecem de um projeto político pedagógico e currículo inovador para aproveitar oportunidades que as interfaces das ferramentas web 2.0 oferecem aos professores.

Portanto, a cerne da questão vai muito além de qualquer coisa na educação. O que nos falta é um projeto progressista de ensinar e aprender, ou seja, um projeto político inovador que envolva os alunos no ensino e na aprendizagem.

E as universidades e escolas precisam investir em formação dos professores para que estes entendam, por exemplo, a inserção das ferramentas web 2.0 para gerar conhecimento em comunidades de aprendizagem.
O desafio maior é que os professores desenvolvam competências e habilidades para aproveitar todas as possibilidades e oportunidades. Eis os desafios.

REFERÊNCIAS


OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky – Aprendizado e Desenvolvimento: um processo sócio-histórico. São Paulo: Spcione, 1993.
REGO, Teresa Cristina. Vygotsky: um perspectiva histórico-cultural da educação. 6ª ed. Petrópolis: Vozes, 1998.
VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. 5ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1994. PAPERTM, Seymour. A Máquina das Crianças: repensando a escola na era da informática. Trad. Sandra Costa. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
FILHO, Luís Moreira de Oliveira A mediação pedagógica no processo de alfabetização. Disponível em http://olhosdosertao.blogspot.com.br/2014/08/a-mediacao-pedagogica-no-processo-de.html . Acesso em 10.7.2016.

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