Sobre sabores e saberes,(ter gosto, sentir gosto) e o desafio do
educador, seja no ensino presencial ou a distância, que é despertar
no aluno o desejo de aprender, de querer, ou a vontade de aprender,
mas aí entra o papel do educador.
E
que é um educador, pergunta Rubens Alves em Conversas com Quem
Gosta de Ensinar. (1984, p. 13 e 24).
Eu
diria que os educadores são como as velhas árvores. Possuem uma
fase, um nome, uma “estória” a ser contada. Habitam um mundo em
que o que vale é a relação que os liga aos alunos, sendo que cada
aluno é uma “entidade” sui generis, portador de um nome, também
de uma “estória”, sofrendo tristezas e alimentando esperanças.
E a educação é algo pra acontecer neste espaço invisível e
denso, que se estabelece a dois. Espaço artesanal.
“E
o que é um professor, na ordem das coisas?”
Talvez
que um professor seja um funcionário das instituições que
gerenciam lagoas e charcos, especialista em reprodução, peça num
aparelho ideológico de Estado. Um educador, ao contrário, é um
fundador de mundos, mediador de esperanças, pastor de projetos.
Não
sei como preparar o educador. Talvez que isto não seja nem
necessário, nem possível... É necessário acordá-lo. E aí
aprenderemos que educadores não se extinguiram como tropeiros e
caixeiros. Porque, talvez, nem tropeiros nem caixeiros tenham
desaparecido, mas permaneçam como memórias de um passado que está
mais próximo do nosso futuro que o ontem. Basta que os chamemos do
seu sono, por um ato de amor e coragem. E talvez, acordados,
repetirão o milagre da instauração de novos mundos.
Bem,
colega Rubens Alves se utilizada da arte poética e de metáforas
para provocar o educardor adormecido em cada um de nós. Seus livros
são verdadeiros elixir da juventude do professor de quem o ensino
como arte de instaurar novos mundos. E isso não é diferente para o
ensino presencial e a distância.
ALVES,
Rubem. Conversas com Quem Gosta de Ensinar. 8ª ed. São Paulo:
Cortez, 1984.
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