domingo, 15 de janeiro de 2017

E que é um educador?


Sobre sabores e saberes,(ter gosto, sentir gosto) e o desafio do educador, seja no ensino presencial ou a distância, que é despertar no aluno o desejo de aprender, de querer, ou a vontade de aprender, mas aí entra o papel do educador. 


E que é um educador, pergunta Rubens Alves em Conversas com Quem Gosta de Ensinar. (1984, p. 13 e 24).
Eu diria que os educadores são como as velhas árvores. Possuem uma fase, um nome, uma “estória” a ser contada. Habitam um mundo em que o que vale é a relação que os liga aos alunos, sendo que cada aluno é uma “entidade” sui generis, portador de um nome, também de uma “estória”, sofrendo tristezas e alimentando esperanças. E a educação é algo pra acontecer neste espaço invisível e denso, que se estabelece a dois. Espaço artesanal.


“E o que é um professor, na ordem das coisas?”

Talvez que um professor seja um funcionário das instituições que gerenciam lagoas e charcos, especialista em reprodução, peça num aparelho ideológico de Estado. Um educador, ao contrário, é um fundador de mundos, mediador de esperanças, pastor de projetos.
Não sei como preparar o educador. Talvez que isto não seja nem necessário, nem possível... É necessário acordá-lo. E aí aprenderemos que educadores não se extinguiram como tropeiros e caixeiros. Porque, talvez, nem tropeiros nem caixeiros tenham desaparecido, mas permaneçam como memórias de um passado que está mais próximo do nosso futuro que o ontem. Basta que os chamemos do seu sono, por um ato de amor e coragem. E talvez, acordados, repetirão o milagre da instauração de novos mundos.

Bem, colega Rubens Alves se utilizada da arte poética e de metáforas para provocar o educardor adormecido em cada um de nós. Seus livros são verdadeiros elixir da juventude do professor de quem o ensino como arte de instaurar novos mundos. E isso não é diferente para o ensino presencial e a distância.
ALVES, Rubem. Conversas com Quem Gosta de Ensinar. 8ª ed. São Paulo: Cortez, 1984.

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