Eis o desafio. Vejam
abaixo a imagem e percebam que nessa suposta sociedade do
conhecimento o professor é ainda mais importante, mas vamos pensar
que professor estamos falando.
O professor transmite
informação ou conhecimento?
FOTO: Informação vs.
Conhecimento; desenho que está circulando no Facebook.
O professor tem a função
de transmitir algo para os alunos ou criar situações para que estes
possam desenvolver algo mais elaborado? Qual o cerne principal da
novas tecnologias na
educação?
Jean Piaget, o
conhecimento resulta de um processo de construção, mediante
atividade do sujeito em interação permanente com seu mundo físico
e social. Isso significa que o conhecimento não é doado de um ser
humano para o outro, por melhores que sejam as intenções de quem
pretende ensinar alguma coisa a alguém.
Para o autor, o papel do
professor é ser mediador da relação educando-objeto de
conhecimento, sendo que compreenda que é preciso ser consciente de
que o prazer de aprender interliga o ato de aproximação entre o
professor e aluno.
Além disso, é preciso
desenvolver uma pedagogia fundamentada no respeito mútuo, na
solidariedade e na afetividade, onde professores e alunos (crianças)
ensinam, aprendem e sentem. Dessa maneira, a afetividade tem um papel
importante na construção do conhecimento.
E penso que o maior
desafio de nossa sociedade não é apenas contextualizar a
informação, mas descontextualizá-la. E penso que nunca foi tão
fácil manipular mentes e corações nesses tempos de redes sociais.
A manipulação não se
dá pelo que está sendo publicado, falado, escrito, mas pelo que não
é dito, escrito e televisionado. Não iremos entender o mundo e nem
o país pelas lentes míopes de nossa velha mídia.
O verdadeiro olhar e a
compreensão das coisas estão nas entrelinhas e as pessoas precisam
desenvolver a competência para tecer os fios que os levem para o
conhecimento mais elaborado. E por outro lado, penso que nunca foi
tão importante o professor em toda a história da humanidade.
Um professor que
possibilite ao aluno, uma educação problematizadora que o desafie a
pensar e a questionar as coisas.
E que tenha mais
consciência de uma proposta de ensino dentro de uma visão
sociointeracionista proposta por Vygotsky, em que na zona de
desenvolvimento proximal, o que interessa é aquilo que o aluno pode
fazer com a ajuda do professor e dos demais alunos (zona de
desenvolvimento potencial) em aprendizagem cooperativa.
O verdadeiro sentido do
professor é mediar o ensino para ajudar o aluno a transformar
informação em conhecimento (aspecto cognitivo), mas ir mais além:
a formação humana, na relação entre sujeito que aprende e sujeito
que ensina.
Devo concordar com o
grande mestre Paulo Freire que ninguém consegue transmitir
conhecimentos e por isso a necessária presença do professor para
provocar nos alunos as perguntas fundamentais. Entendo que estamos
impregnados de informações, pouco conhecimento e principalmente
sabedoria. E novamente afirmo que é a imaginação criadora que move
o mundo.
E veja que como
professores deveremos desenvolver competências para criar materiais
e situações de aprendizagem e que, através da mediação
pedagógica, fazer o aluno atingir o seu desenvolvimento potencial e
consequentemente a aprendizagem. Informações estão em qualquer
lugar, aqui, nesse momento, mas o conhecimento é quando
ressignificamos essas informações para resolver problemas e criar
coisas, por exemplo, a proposta de uma matriz curricular por
competências e habilidades.
E dessa forma, o
conhecimento está nas estruturas mentais, em nossa capacidade de
imaginar e criar coisas de um lado, de outro, nas grandes decisões
que devemos tomar que a sabedoria possa ser um instrumento de direção
para as coisas certas com respeito ao outro.
Veja essa outra imagem
que amplia ainda mais essa compreensão - diferença entre Dados,
Informação, Conhecimento, Ideia e Sabedoria.
http://www.empregoland.com.br/artigos/diferenca-entre-dados-informacao-conhecimento-ideia-e-sa
bedoria/