Sobre mobilidade a nova economia mundial é uma economia informacional e
globalizante potencializada pela mobilidade alcançada pelas redes e
principalmente pela portabilidade, onde o celular se constituiu em uma
tecnologia convergente e multifuncional. As transformações foram imensas
pela inovação que trouxe esta tecnologia nos negócios e na vida humana.
Muitos já não conseguem viver sem o celular e a própria rede de
internet, já os negócios isso virou a própria estratégia de como
desenvolver e gerenciar produtos e serviços.
Isso favorece, segundo leituras do texto, uma maior flexibilidade
social, com papéis menos rígidos e lugares em redes oportunizadas pela
portabilidade e mobilidade. E nesse processo de portabilidade e
mobilidade oportunizadas pelas redes tecnologias móveis, a empresa e os
negócios e seus administradores estão em toda parte em processo de
desterritorialização (reduz sua atuação local) e reterritorialização
(passa atuar em outros territórios influenciando negócios, pessoas,
aumentando competitividade nesses territórios, conquistando clientes),
mas no mesmo território, espaço-tempo de um lado, de outro em a atuação
como empresas globais em nomadismos informacionais, ou sejam, atuação em
qualquer parte do globo, a depender das flutuações dos negócios e
oportunidades.
Nessa linha de pensamento, segundo o autor do texto – André Lemos – as
tecnologias de comunicação móveis são tidas como desterritorializantes,
instituintes de processos nômades, justamente por criar deslocamentos
de corpos e informação entre territórios. A China, como já ressaltei,
não está do outro lado do planeta, mas aqui, nas tecnologias móveis
porque corpos, informações é que flutuam no espaço e no tempo de um lado
para outro em busca incessante de negócios e operações cambiais entre
empresas, embora sejam controlados pelos sistemas de informação destas
empresas, ou seja, os administradores são territorializados, ou seja são
controlados e monitorados e monitoram informações. Neste sentido, o
autor exemplifica, nesta linha de raciocínio e vale destacar o que é
territorializado e desterritorializado
TERRITORIALIZADO:
Um executivo que viaja constantemente está em mobilidade, mas controlado pelo seu celular, pelo seu laptop ligado
à internet, pelos percursos pré-determinados. Ele está em mobilidade,
mas não é um nômade, já que territorializado, controlado e controlando o
fluxo de matéria e informação.
DESTERRITORIALIZADO:
Um internauta trancado em seu quarto, navegando por horas por
informações mundiais, sem percurso pré-definido, vivencia processos
nômades, desterritorializantes, sem sair do lugar.
RETERRITORIALIZADO:
O uso de SMS em processos de ação política, ou em coordenação de
atividades pode servir como linhas de fuga ao poder instituído criando
reterritorializações e nomadismos.
A título de considerações finais, é imperativo destacar ainda a
dicotomia destas tecnologias móveis, mobilidade e portabilidade, porque
mentes territorializadas ou não territorializadas são o grande cerne
da questão e diferencial nos processos decisórios organizacionais,
sejam para mudar as coisas ou mesmos para deixá-las como estão, por quê?
Porque não são estes artefatos que estão mudando o mundo, mas mentes
abertas ou desterritorializadas, mentes que criam e não mentes que
reproduzem as coisas, ou poderes constituídos e territorializados, como
tão bem escreve o autor André Lemos.
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