terça-feira, 25 de junho de 2019

Os referenciais teóricos e a prática docente


Resultado de imagem para ZDp


Os referenciais teóricos podem sim jogar "luz" e iluminar a prática docente. Consciente ou não todo professor desenvolve uma concepção de mundo e uma concepção de educação. Os referencias téoricos norteiam os caminhos metodológicos e estratégias de ensino, mesmo porque a consciência desses referenciais ajuda aos professores perceber o seu trabalho social na transformação de criançs e jovens em cidadãos críticos e participativos.
Por exemplo, a psicologia sociointeraciosta de Vygotsky  ressalta que os fatores biológicos têm grande importância sobre os sociais, somente ao início de vida da criança. Aos poucos ao interagir com seu grupo social, as pessoas de sua comunidade, com outras crianças mais experiente e com objetos de seu contexto histórico pessoal há mudanças de comportamento e por conseguinte provoca o desenvolvimento de seu pensamento.


Veja que referencial teórico importante para atuação do professor enquanto mediador do processo de ensino e aprendizagem, contribuindo para que criança atinja o seu desenvolvimento potencial.
Vygotsky(1994), fala que o desenvolvimento do sujeito humano se dá a partir de constantes interações com o meio social em que vive, já que as formas psicológicas emergem da vida social e destaca a relevante dimensão social que fornece instrumentos e símbolos para a aprendizagem da criança (ver o processo da leitura e escrita). E o autor completa que o indivíduo criado num ambiente que desconhece a escrita, de pessoas não letradas, não se alfabetizará, da mesma forma que acontece com a aquisição da fala – a criança só aprenderá a falar se viver em uma comunidade de falantes

Mesmo possuindo todo o aparato físico da espécie que possibilita a seus membros o aprendizado da leitura e da escrita, esse indivíduo nunca aprenderá a ler e a escrever se não participar de situações e práticas sociais que propiciem esse aprendizado. Esse é um exemplo claro de um processo de desenvolvimento que não ocorre se não houver situações de aprendizado que o provoquem (OLIVEIRA, 1997,p. 61).

Vygotsky (1994) salienta que o aprendizado da criança se inicia antes mesmo dela freqüentar a escola, embora o aprendizado escolar introduza novos elementos no seu desenvolvimento. Para isso, esse pesquisador traça uma distinção entre aprendizado espontâneo e aprendizado científico. Dessa forma, o ser humano não se encontra limitado à sua própria experiência pessoal, ou às suas próprias reflexões, mas expande-se e aprofunda-se, em especial, graças à apropriação da experiência social que é veiculada pela linguagem.

Vejam bem colegas, os psicólogos interacionistas como Piaget e Vygostisk veem a necessidade de estudar e de conhecer a origem dos processos mentais, isto é, como esses processos são construídos ao longo da vida das crianças. Para Piaget, essa construção ocorre a partir do mecanismo de equilibração e seus dois componentes: a assimilação, no qual o sujeito atua sobre o meio, transformando-o, a fim de adequá-lo às suas estruturas mentais; e a acomodação, no qual o indivíduo é modificado para se ajustar às diferenças impostas pelo meio.

Já para Vygotsky, a construção se dá pelo mecanismo da internalização e enfatiza que no desenvolvimento cultural da criança, todas as funções ocorrem duas vezes: primeiro no nível social e depois no nível individual; primeiro entre pessoas (interpsicológica) e depois no interior da criança (intrapsicológica).

Portanto , entende-se porque os dois são chamados de interacionistas, posto que ambos consideram essa construção como ocorrendo a partir da interação do sujeito com o meio, considerações ajudam ao professor compreender como desenvolver estratégias para colocar crianças, jovens como aprendizes e construtores do próprio conhecimento de um lado, de outro que façam reflexões de suas práticas e metodologias de ensino.

OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky – Aprendizado e Desenvolvimento: um processo sócio-histórico. São Paulo: Spcione, 1993.
VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. 5ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1994.

Nenhum comentário:

Postar um comentário