Os referenciais teóricos podem sim jogar "luz"
e iluminar a prática docente. Consciente ou não todo professor
desenvolve uma concepção de mundo e uma concepção de educação.
Os referencias téoricos norteiam os caminhos metodológicos e
estratégias de ensino, mesmo porque a consciência desses
referenciais ajuda aos professores perceber o seu trabalho social na
transformação de criançs e jovens em cidadãos críticos e
participativos.
Por
exemplo, a psicologia sociointeraciosta de Vygotsky ressalta
que os fatores biológicos têm grande importância sobre os sociais,
somente ao início de vida da criança. Aos poucos ao interagir com
seu grupo social, as pessoas de sua comunidade, com outras crianças
mais experiente e com objetos de seu contexto histórico pessoal há
mudanças de comportamento e por conseguinte provoca o
desenvolvimento de seu pensamento.
Veja que referencial teórico importante para
atuação do professor enquanto mediador do processo de ensino e
aprendizagem, contribuindo para que criança atinja o seu
desenvolvimento potencial.
Vygotsky(1994),
fala que o desenvolvimento do sujeito humano se dá
a partir de constantes interações com o meio social em que vive, já
que as formas psicológicas emergem da vida social e destaca a
relevante dimensão social que fornece instrumentos e símbolos para
a aprendizagem da criança (ver o processo da leitura e escrita). E o
autor completa que o indivíduo criado num ambiente que desconhece a
escrita, de pessoas não letradas, não se alfabetizará, da mesma
forma que acontece com a aquisição da fala – a criança só
aprenderá a falar se viver em uma comunidade de falantes
Mesmo
possuindo todo o aparato físico da espécie que possibilita a seus
membros o aprendizado da leitura e da escrita, esse indivíduo nunca
aprenderá a ler e a escrever se não participar de situações e
práticas sociais que propiciem esse aprendizado. Esse é um exemplo
claro de um processo de desenvolvimento que não ocorre se não
houver situações de aprendizado que o provoquem (OLIVEIRA, 1997,p.
61).
Vygotsky
(1994) salienta que o aprendizado da criança
se inicia antes mesmo dela freqüentar a escola, embora o aprendizado
escolar introduza novos elementos no seu desenvolvimento. Para isso,
esse pesquisador traça uma distinção entre aprendizado espontâneo
e aprendizado científico. Dessa forma, o ser humano não se encontra
limitado à sua própria experiência pessoal, ou às suas próprias
reflexões, mas expande-se e aprofunda-se, em especial, graças à
apropriação da experiência social que é veiculada pela linguagem.
Vejam
bem colegas, os psicólogos interacionistas como Piaget e Vygostisk
veem a necessidade de estudar e de conhecer a origem dos processos
mentais, isto é,
como esses processos são construídos ao longo da vida das crianças.
Para Piaget, essa construção ocorre a partir do mecanismo de
equilibração e
seus dois componentes: a assimilação,
no qual o sujeito atua sobre o meio, transformando-o, a fim de
adequá-lo às suas estruturas mentais; e a acomodação, no qual o
indivíduo é modificado para se ajustar às diferenças impostas
pelo meio.
Já
para Vygotsky, a construção se dá pelo mecanismo da internalização
e enfatiza que no desenvolvimento cultural da criança, todas as
funções ocorrem duas vezes: primeiro no nível social e depois no
nível individual; primeiro entre pessoas (interpsicológica) e
depois no interior da criança (intrapsicológica).
Portanto
,
entende-se porque os dois são chamados de interacionistas, posto que
ambos consideram essa construção como ocorrendo a partir da
interação do sujeito com o meio,
considerações ajudam ao professor compreender como desenvolver
estratégias para colocar crianças, jovens como aprendizes e
construtores do próprio conhecimento de
um lado, de outro que façam reflexões de suas práticas e
metodologias de ensino.
OLIVEIRA,
Marta Kohl de. Vygotsky –
Aprendizado e Desenvolvimento: um processo sócio-histórico. São
Paulo: Spcione, 1993.
VYGOTSKY,
L. S. A Formação
Social da Mente. 5ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
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