terça-feira, 25 de junho de 2019

Os processos evolutivos e suas evidências.


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O desafio proposto para a produção desse texto é muito interessante quando o debate entre evolucionistas e criacionistas está efervercente para esse momento muito agudo de nossa história quando os monstros do nazismo, do fascismo, do racismo e outras formas fundamentalistas de ver o mundo saíram de suas alcovas. 

Como diz Richard Dawkins no prefácio do livro – O Maior Espetáculo da Terra - As evidências da evolução aumentam a cada dia e nunca foram tão eloquentes. Ao mesmo tempo, paradoxalmente, a oposição mal-informada também é hoje a mais forte de que me recordo. (DAWKINS, 2009)

E a grande questão é que enquanto cientistas procuram evidências do evolucionismo, outros se mantém convictos do que está escrito na Bíblia, a teoria criacionista. No entanto, buscar-se-ão exemplos das pesquisas científicas e seus pesquisadores que contribuíram para o pensamento evolucionsista e respectivos vestígios e evidências. 

Ademais, antes de entrar na questão das evidências evolutivas, importa destacar o que – Dawkins (2009) conceitua evolução como uma teoria científica de grande poder explicativo e que tem a capacidade de esclarecer uma ampla gama de fenômenos em diversas disciplinas, que pode ser confirmada, alterada, levando em conta as evidências. E que a evolução está dentro de nós, e que não vivemos suficientemente para testemunhar a evolução diante de nossos olhos. Nesse sentido, o autor destaca, que é ao meu ver, a grande questão para se pensar que uma nova realidade é possível de existir e de ter existido: 

(…) raciocinar com base na população. Para ele, pensar da perspectiva da população era a antítese do essencialismo. Segundo Mayr, a razão por que um Darwin demorou tão despropositadamente a surgir em cena foi que nós todos — quer por influência dos gregos, quer por alguma outra razão — temos o essencialismo gravado em nosso DNA mental. (DAWKINS, 2009)

Não obstante, o autor ressalta que as espécies moderans não evoluem para espécies ṕara outras espécies modernas, tendo em vista que elas têm apenas ancestrais comuns: são primas. E nessa linha de pensamento, o autor vai discorrendo sobre as evidências contrárias ao essencialismo, destacando o exemplo da origem dos cães domésticos como evidências da genética molecular: hoje não há mais dúvida. Os cães domésticos não têm nenhum chacal em sua linhagem. Todas as raças caninas são lobos modificados — nada de chacais, coiotes e raposas.(DAWKINS, 2009).

Sobre essas evidências da genética molecular, é imperativo destacar que derrubam as teses do fixismo (criacionismo) de que espécie teria surgido do ato de criaçaõ de maneira indepdente, permanecendo sempre com as mesmas características. No entanto, a partir do século XIX, com a Origem das Espécies de Darwin e outros cientistas, evidências como fósseis, embriologia, anatomia comparada, biologia molecular iniciada após os estudos genéticos de Mendel apontaram a teoria evolucionista. 

Os fósseis, por exemplo, através da palentologia, demonstram a existência de organismos que desapareceram e outros que apareceram ao longo da história, quando se analisa semelhanças e diferenças entre as espécies. Já os estudos da anatomia comparada e embriologia também apontam evidências do evolucionismo que explicitam semelhanças entre diversos grupos de seres vivos, o que poderia existir um ancestral comum de acordo com Brum ( 2014). Ou seja, sgundo o autor, as semelhanças no desenvolvimento embrionário e da anatomia de alguns seres vivos indicam as possbilidades de que esses organismos são parentes ou descendem de um mesmo organismo. E comparando a anatomia muitas vezes é possível determinar o grau de parentesco e a sequência evolutiva entre eles. 

Também pode-se ter como exemplos de evidências evolucionista os órgãos homólogos (divergência evolutivas – órgãos homólogos com funções diferentes) e órgãos análogos (convergência evolutivas). Os órgaõs homólogos têm a mesma origem embrionária e semelhanças anatômicas, no entanto, realizam funções diferentes, tendo como exemplos os membros anteriores dos homens, do cão, as asas das aves e dos morcegos, as nadadeiras dos golpinhos e das baleias. Essas convergências evolutivas possivelmente têm origens às diferenças nas funções para a adaptação à ambientes diversos de espécies que tiveram como origem um ancestral comum. 

Jà os órgãos homólogos têm origem embrionária e estruturas anatômicas diferentes, mas exercem a mesam função, afirma Brum (2014) que cita as aves que apresenta estrutura de ossos mesmo adaptados para voos. E dos insetos que apresentam estrturas de quitina e que crescem como estruturas revestidas do corpo. 

Outros exemplos de evolução são os órgãos vestigiais como a presença de patas em certas cobras o que indica essas espécieis vieram de animais com patas. Outra exemplo, mas muito questionado, são o apêndice do homem o que indicava uma certa especialicade dos nossos ancestrais na alimentação de celulose. E por fim, as semelhanças embrionárias, quando embriões de peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos e bem diferentes quando adultos. E essas evidências apontam que todos esses seres vivos descendem de um ancestral comum. 

Também as pesquisas da biologia molecular possibilitou estudos comparativos das estruturas genéticas das diferentes espécies através da pesquisa das sequências de nucletídeos que estão presentes nas moléculas de DNA. E nesse aspecto quanto maior a semelhança entre as moléculas de dois organismos, maior o grau de parentesco. 

Nessa linnha de pensamento é importante retomar mais algumas ideias de Dawkins (2009) quando o mesmo afirma, quando se quer entender evolução pela seleção natural, como exemplo ocó cão doméstico, não é o corpo do animal que é esculpido pelo criador-domesticador (homem), mas o sim o reservatório gênico da raça ou espécie, que só tem sentido à luz da lei de Mendel. 

Outra questão importante destacado por Dawkins (2009) a mudança da água para a terra que desencadeou uma reformulação fundamental em todos os aspectos da vida, da respiração, da reprodução, sendo uma grande jornada da evolução quando muitas espécies deixaram a terra para não mais retornar. E quando outras espécies retornaram ao mar. As focas, os leões marinhos voltaram só parcialmente. As baleias, entre elas, as pequenas que chamamos de golpinhos, que deixaram de ser animais terrícolas e reverteram complementamente os seus hábitos marinhos de seus ancestrais remotos. No entanto, ainda respiram ar, pois nunca desenvolveram guelras de seus remotos progenitores. 

Portanto, são muitas referências e evidências que apontam os processos evolutivos das espécies ao longo da história e origens das espécies, como as semelhanças homólogas herdadas do ancestral comum, ou semelhanças análogas para denotar a função comum como as asas dos morcegos e as asas dos insetos, ou asas dos morcegos e a mão humana que são homólogas. E essas observações desencadeiam a teoria de que todos os seres vivos descendem de um único ancestral. E que não é o código genético em si, mas todo o sistema de genes-proteínas que geram a vida. E por fim, quando se analisa todas as sequências genéticas em todos os seres díspares encontramos o mesmo tipo de árvore hierárquica de semelhanças. 



REFERÊNCIAS

DAWKINS, Richard. O Maior Espetáculo da Terra. As Evidências da Evolução. Tradução Laura Teixeira Motta. 2009

BRUM, Igor Vilela. Universidade Federal de Juiz de Fora. Biologia. 2014.

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