terça-feira, 25 de junho de 2019

“Ciberespaço e Tecnologias Móveis: Processos de Territorialização e Desterritorialização na Cibercultura”


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                                                               https://estudogeral.sib.uc.pt
Antes de entrar no mérito da questão proposta neste texto, “Ciberespaço e Tecnologias Móveis: Processos de Territorialização e Desterritorialização na Cibercultura” de André Lemos é muito interessante entender o que é ciberespaço e processo de territorizalização ou desterritorialização e Cibercultura, para depois discorrer sobre as dicotomias de nosso tempo com a emergência das novas tecnologias.
Sobre Cibercultura e Ciberespaço vejamos estes conceitos em André Lemos para entender os processos de Territorialização e Desterritorialização.
(...) “a cibercultura é a relação entre as tecnologias de comunicação, informação e a cultura, emergentes a partir da convergência informatização/telecomunicação na década de 1970. Trata-se de uma nova relação entre tecnologias e a sociabilidade, configurando a cultura contemporânea.” (Lemos, 2002). (http://www.arquitetonico.ufsc.br/cibercultura)


(...) hoje entendemos o ciberespaço à luz de duas perspectivas: como o lugar onde estamos quando entramos num ambiente virtual (realidade virtual), e como o conjunto de redes de computadores, interligadas ou não, em todo o planeta (BBS, videotextos, Internet...). Estamos caminhando para uma interligação total dessas duas concepções do ciberespaço, pois as redes vão se interligar entre si e, ao mesmo tempo, permitir a interação por mundos virtuais em três dimensões. O ciberespaço é assim uma entidade real, parte vital da cybercultura planetária que está crescendo sob os nossos olhos. http://www.institutodofuturo.com.br/CIBER.html
A primeira questão a discorrer sobre esta dicotomia da emergência das novas tecnologias é refletir sobre o conceito de presencialidade e distância. O que é estar presencial? O que está distante? Estamos distantes ou presenciais nas relações com as pessoas? Mas, que pessoas e que países atuamos ou influenciamos quando estamos em um ciberespaço como blogs e redes sociais? Por que Derakhshan e seu “território” foram vítimas de controle pela política americana? Estamos todos vigiados e fichados, conforme nossas manifestações ideológicas e políticas em nossos “territórios”? E os nossos territórios, ou ciberespaços são fronteiras abertas? Estamos todos “googleados” e “faceboocados”, fichados e monitorados em um processo de alienação da “realidade real” como em Matrix? Como diz Morfeu no referido filme, Matrix está em toda parte... é o mundo em que acreditamos ser real. E no ciberespaço somos “territorializados e controlados, alguém duvida das revelações de Assange e Snowden, dois dos homens mais odiados por estes processos de “terriorialização”?
Bem, nesta reflexão sobre o copo meio cheio ou meio vazio (um mesmo copo com água pode ser visto como meio cheio ou como meio vazio, dependendo de quem olha), é imperativo discorrer sobre a parte boa destas tecnologias emergentes. E o autor André Lemos é feliz quando cita uma vantagem: a fenomenal invenção do celular (tecnologia convergente que mudou a vida da humanidade) e nos possibilita inúmeras possibilidades e oportunidades (a australiana desterritoalizada em Marrakech passa a controlar o espaço físico pelo acesso ao espaço eletrônico, através do celular). Isso prova que mais importante do que informação e tecnologia, é a aplicabilidade das tecnologias emergentes na resolução de problemas em nossas vidas.

Uma pessoa pode estar mais presente em outro país (território) do que muitos dos nativos, atuando em redes e até fazendo manifestações virtuais. A China não está do outro lado do mundo, a China está aqui, a depender de processos mentais e interesses diversos, principalmente econômicos e políticos.
O fato é que estas divagações iniciais sobre o texto em análise mostram processos de territorialização e desterritorialização com o uso das redes telemáticas, seja através de blogs ou de dispositivos móveis. Serei mais objetivo na próxima, continuando a leitura do texto em análise.



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