https://estudogeral.sib.uc.pt
Antes
de entrar no mérito da questão proposta neste texto, “Ciberespaço
e Tecnologias Móveis: Processos de Territorialização e
Desterritorialização na Cibercultura” de André Lemos é muito
interessante entender o que é ciberespaço e processo de
territorizalização ou desterritorialização e Cibercultura, para
depois discorrer sobre as dicotomias de nosso tempo com a emergência
das novas tecnologias.
Sobre
Cibercultura e Ciberespaço vejamos estes conceitos em André Lemos
para entender os processos de Territorialização e
Desterritorialização.
(...)
“a cibercultura é a relação entre as tecnologias de
comunicação, informação e a cultura, emergentes a partir da
convergência informatização/telecomunicação na década de 1970.
Trata-se de uma nova relação entre tecnologias e a sociabilidade,
configurando a cultura contemporânea.” (Lemos, 2002).
(http://www.arquitetonico.ufsc.br/cibercultura)
(...)
hoje entendemos o ciberespaço à luz de duas perspectivas: como o
lugar onde estamos quando entramos num ambiente virtual (realidade
virtual), e como o conjunto de redes de computadores, interligadas ou
não, em todo o planeta (BBS, videotextos, Internet...). Estamos
caminhando para uma interligação total dessas duas concepções do
ciberespaço, pois as redes vão se interligar entre si e, ao mesmo
tempo, permitir a interação por mundos virtuais em três dimensões.
O ciberespaço é assim uma entidade real, parte vital da
cybercultura planetária que está crescendo sob os nossos olhos.
http://www.institutodofuturo.com.br/CIBER.html
A
primeira questão a discorrer sobre esta dicotomia da emergência das
novas tecnologias é refletir sobre o conceito de presencialidade e
distância. O que é estar presencial? O que está distante? Estamos
distantes ou presenciais nas relações com as pessoas? Mas, que
pessoas e que países atuamos ou influenciamos quando estamos em um
ciberespaço como blogs e redes sociais? Por que Derakhshan e seu
“território” foram vítimas de controle pela política
americana? Estamos todos vigiados e fichados, conforme nossas
manifestações ideológicas e políticas em nossos “territórios”?
E os nossos territórios, ou ciberespaços são fronteiras abertas?
Estamos todos “googleados” e “faceboocados”, fichados e
monitorados em um processo de alienação da “realidade real”
como em Matrix? Como diz Morfeu no referido filme, Matrix está em
toda parte... é o mundo em que acreditamos ser real. E no
ciberespaço somos “territorializados e controlados, alguém duvida
das revelações de Assange e Snowden, dois dos homens mais odiados
por estes processos de “terriorialização”?
Bem,
nesta reflexão sobre o copo meio cheio ou meio vazio (um mesmo copo
com
água
pode ser visto como meio
cheio
ou como meio vazio, dependendo de quem olha), é imperativo discorrer
sobre a parte boa destas tecnologias emergentes. E o autor André
Lemos é feliz quando cita uma vantagem: a fenomenal invenção do
celular (tecnologia convergente que mudou a vida da humanidade) e nos
possibilita inúmeras possibilidades e oportunidades (a australiana
desterritoalizada em Marrakech passa a controlar o espaço físico
pelo acesso ao espaço eletrônico, através do celular). Isso prova
que mais importante do que informação e tecnologia, é a
aplicabilidade das tecnologias emergentes na resolução de problemas
em nossas vidas.
Uma
pessoa pode estar mais presente em outro país (território) do que
muitos dos nativos, atuando em redes e até fazendo manifestações
virtuais. A China não está do outro lado do mundo, a China está
aqui, a depender de processos mentais e interesses diversos,
principalmente econômicos e políticos.
O
fato é que estas divagações iniciais sobre o texto em análise
mostram processos de territorialização e desterritorialização com
o uso das redes telemáticas, seja através de blogs
ou
de dispositivos móveis. Serei mais objetivo na próxima, continuando
a leitura do texto em análise.
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