Sobre a síntese da questão proposta para os desafios da preparação de
escolas, universidades para uso das ferramentas web 2.0 (projeto
inovador e formação do professor).
Sem
isso, não há como criar e inovar a forma de ensino e perceber todas as
possibilidades e oportunidades para desenvolver uma aprendizagem
cooperativa.
Vou
contar aqui uma experiência que realizei como professor no ano de 1999
quando a minha instituição recebeu o primeiro laboratório de informática
de toda a região pelo PROINFO.
Levamos
ao laboratório de informática os alunos mais complicados (perfil da
periferia e com grande dificuldades de aprendizagem e concentração nas
aulas).
Como seria a estratégia de ensino para quem nunca viu um computador em sua vida?
E
não tínhamos acesso à internet em rede porque só tínhamos uma conta de
internet discada e ainda estávamos estudando como compartilhá-la.
A estratégia era colocar o aluno como autor na produção de um texto utilizando o editor de texto, mas como?
Não iríamos dá curso de informática, os alunos iriam descobrir as ferramentas do editor de texto na produção textual.
E teriam que ligar o estabilizador, ligar o computador e todo um processo de descobertas.
Bem,
pegamos uma atividade de um livro muito interessante que não me lembro
agora, mas que ainda está disponível na internet - encontrei aqui em
http://www.nied.unicamp.br/?q=livros&page=1 - O Computador Em Sala De Aula: Articulando Saberes
A atividade foi escrevendo para compreender - arquivo 2word_ativ.pdf de Maria Elisabette B. Prado.
Fizemos
algumas adaptações da atividade com a introdução de um pequeno vídeo.
Fizermos as leituras e discussões de um pequeno fragmento da Carta a El
Rei D. Manuel de Pêro Vaz de Caminha e
e um fragmento do texto de Gabeira - América Latina no Planeta Terra.
Depois
das discussões, vídeos, leituras, orientações os alunos tiveram o
difícil desafio de produzir um texto do que eles entenderam sobre meio
ambiente.
Bem,
o impressionante foi o silêncio, a concentração de todos, o nervosismo
de alguns. Era um novo novo, de descobertas, onde eu e mais três
professores mediávamos esse processo, dando pistas nas descobertas do
teclado, as mãos duras para segurar o mouse, como salvar o arquivo, etc.
E
todos conseguiram produzir o texto, alguns fizeram um parágrafo, outros
dois e alguns menos disso, mas todos aprenderam a inserir imagens.
O
fato é que nunca demos curso de informática, a informática, o
computador e suas ferramentas eram aprendidas dentro de atividades
didáticas na produção textual porque ainda estávamos iniciando com a web
1.0. O nosso foco era uma tal de informática educativa que esmaeceu com
o tempo.
Hoje
estamos falando de coisas maiores e com mais possibilidades, mas o
processo é por esse caminho – ajudar o aluno a se descobrir, a
envolvê-lo em situações de aprendizagens e descobertas, a tirar de si
toda a imaginação criadora possível para ensinar a máquina a pensar.
E
fazíamos essa orientação porque tínhamos uma proposta pedagógica que
iluminava esse caminhos e tínhamos uma formação iniciada em informática
na educação.
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