terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Dez Escolas, dois padrões de qualidade: o que as escolas com alto desempenho no ENEM têm que falta às escolas de desempenho precário?

Paz e bem!

Estimado(a) Diretor (a), Educador(a) e Companheiro(a)


Estou disponibilizando alguns destaques da leitura do livro DezEscolas, dois padrões de qualidade. Uma pesquisa em dez  escolaspúblicas de Ensino Médio do Estado do Ceará de  De André Haguette e Márcio k. M. Pessoa, renomados professores do curso de ciências sociais da UFC.


Ambos são atuantes no estudo da política educacional, e nesta obra, fazem uma comparação entre 10 escolas públicas de ensino médio do Ceará, dividas em dois grupos: as 5 melhores e as 5 piores, de acordo com o desempenho de seus alunos no ENEM de 2011.


O Livro "Dez escolas, dois padrões de qualidade" é um excelente instrumento de formação e planejamento porque fornece indicativos e reflexões para a formação continuada de nossos docentes e de também de todos os gestores e coordenadores pedagógicos.

Fazendo uma pesquisa pela internet, verifica-se que existem diretores realizando estudos coletivos com os seus professores, por exemplo, a professora e diretora com os seus líderes de sala para o momento "repensando a escola e o ser estudante"


Para fazer essa análise, os autores conheceram o cotidiano, as regras, o método de ensino, o modelo de gestão, os alunos e os funcionários de cada uma das instituições, visando encontrar uma resposta à seguinte pergunta:

 "O que as escolas com alto desempenho no ENEM têm que falta às escolas de desempenho precário?”.


Sobre a experiência com o estudo desse livro, a diretora Sabrina Nepomuceno (
http://aldanews1.blogspot.com.br/2015/08/livro-dez-escolas-dois-padroes-de.html) declarou:

"Nesse retrato feito pelos autores, um dos aspectos mais notórios das escolas com bom desempenho é:

1 Que os alunos têm um forte desejo de aprender,
2.Espírito de autodisciplina coletiva, aproveitam melhor o tempo letivo
3 E dispõem de uma boa infraestrutura.

"Dez escolas, dois padrões de qualidade" nos inspira a refletir sobre a situação da educação pública em nosso país e nos leva a acreditar que há sim capacidade de melhorar, só depende do esforço e do interesse de todos. Momentos como este reforçam a busca intensa da gestão atual pela excelência de nosso ensino e por alcançar os resultados estimados para uma instituição com a nossa proposta.

E eu estou convencido que muita coisa está em nossas mãos, conforme oficina que realizamos sobre gestão e observação da sala de aula com o tema: O PAPEL DA EQUIPE GESTORA NA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS: O GESTOR EDUCADOR, O EDUCADOR GESTOR, com equipe coesa, articulada, mobilizada, buscando parcerias, atuando articulada e planejada e foco em objetivos e metas.

E que tenha objetivos

Acompanhar o trabalho pedagógico do professor, garantindo espaços de formação na escola;
Organizar estratégias e mecanismos de acompanhamento do desenvolvimento e das aprendizagens dos alunos;
Organizar a equipe para discutir e elaborar coletivamente o PPP.

Considerações finais.

As dez escolas pesquisas apresentam congruências e muitas incongruências na gestão, na infra-estrutura e no currículo. E algumas congruências são?

1. Todos os professores disseram que os alunos estão chegando do ensino fundamental com muita deficiência de aprendizagem em leitura, interpretação e produção textual, mas principalmente em matemática (problemas graves de aritmética).

E que há uma reflexão da minha parte e que já foi pauta da Apesc da superintendência da 12ª CREDE

- Que a escola precisa fazer a avaliação diagnóstica - sempre no início do período. São quatro avaliações diagnósticas com planos de intervenção.

- E estou convencido de que os três primeiros meses do ano para as turmas de 1ª série devem ter o trabalho pedagógico focado em LEITURA, INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO TEXTUAL EM TODAS AS ÁREAS DO CONHECIMENTO.

E por isso, é preciso convencer os professores de que a melhor estratégia é retroceder no plano de ensino para avançar na aprendizagem dos alunos.

Há também um fato interessante na pesquisa desse livro

Todas as escolas não tem artes e esportes como estratégias para incentivo e motivação dos alunos na escola. Se você perguntar aos alunos, quais as maiores lembranças deles nas escolas eu tenho certeza que virão os momentos culturais e esportivos.

Uma contribuição de estudos que estou fazendo no Mestrado em Educação - disciplina de Neurociências na Educação - sobre a importância de trabalhar MÚSICA, DANÇA, TEATRO, AUDIOVISUAL, JOGOS na escola.

Através de atividades prazerosas  e desafiadoras o "disparo" entre as células neurais acontece mais facilmente: as sinapses se fortalecem e redes neurais se estabelecem com mais facilidade e que aulas dinâmicas, divertidas, ricas em conteúdo visual e concreto, onde o aluno não é um mero observador, passivo e distante, mas sim, participante, questionador e ativo nessa construção do seu próprio saber, o deixam "literalmente ligado", plugado, antenado.

E qua inteligência musical proposto por Gardner pode ser desenvolvida na escola, criando um ambiente musical (a juventude adora música e precisamos estimular esse gosto musical e a inteligência musical, criando oportunidade para que os nossos estudantes posam cantar e aprender a tocar instrumentos música e teoria musical.

A escola pode criar um ambiente de motivação para os alunos que sejam o disparo para desenvolver as outras inteligências (lógico-matemática, linguagem, etc). Vejam as Teorias para as Inteligências de Gardener que estudei nos anos 90.

E arte, música, dança, audiovisual, etc, devem ser estratégias para o processo de ensino e aprendizagem. E esses processos, desencadeiam, consequentemente alterações na qualidade e quantidade de conexões sinápticas, afetando o funcionamento do cérebro, o pode desencadear um processo mais rápido para aprendizagem em outras áreas do conhecimento.

Por exemplo, as pesquisas indicam que é valioso e importante articular a música, os jogos em atividades escolares  porque trabalham simultaneamente: o auditivo, o visual e o sistema tátil porque a música possibilita desenvolver uma infinidade de competências na área de matemática e linguagens através das  dramatizações.

Eis alguns dados:

A música: parece que certas estruturas do córtex auditivo respondem apenas aos tons musicais.

 A dança: uma parte do cérebro e da maior parte do cerebelo são dedicados a iniciar e a coordenação de todas os movimentos desde uma corrida veloz à oscilação dos braços.

 O teatro: certas áreas especializadas do cérebro estão concentrados nas aquisição da linguagem falada e recurso ao sistema límbico para fornecer o componente emocional.

 Artes visuais: o sistema de processamento óptico interno pode se lembrar de coisas tão facilmente quanto criar fantasias reais.” (SOUSA, 2002, p. 220)

 “A aprendizagem de artes melhora a qualidade da experiência humana ao longo da vida de uma pessoa.” (SOUSA, 2002, p. 221)


Luis Moreira
Superintendente Escolar
12ª CREDE
88 9 99508180

Paz e bem!

Estimado(a) Diretor(a),

Estou enviando o livro APROVA BRASIL

O estudo Aprova Brasil, o direito de aprender nasceu com o objetivo de identificar aspectos relacionados à gestão, à organização e ao funcionamento de escolas que possam ter contribuído para a melhor aprendizagem dos alunos em 33 escolas participantes da Prova Brasil.

O estudo foi desenvolvido a partir dos resultados da Prova Brasil, um gigantesco esforço de avaliação conduzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), do Ministério da Educação, que avaliou a aprendizagem das crianças da 4ª série e dos adolescentes da 8ª série em mais de 40 mil escolas públicas em todo o Brasil.

Cada uma dessas 33 escolas foi visitada e centenas de pessoas foram ouvidas, entre elas, diretores, professores, funcionários, pais e alunos.

As crianças que freqüentam essas escolas são filhas de famílias de baixa renda.

O estudo foi aplicado no ensino fundamental, mas apontam muitas reflexões e lições para que possam para as nossas escolas do ensino médio.

Eis algumas questões que fazem diferença nas escolas que sistematiza os pontos fortes das experiências analisadas em cinco dimensões:

1. Práticas pedagógicas (trabalho coletivo, em equipe, compartilhado, coordenado; projetos de ensino; inovações na organização da escola; ensino contextualizado; implementação de novas formas de acompanhamento e avaliação da aprendizagem dos alunos; realização de atividades externas com os alunos; e, incentivo à prática de jogos e esportes;

(veja que em nossas escolas não fazemos incentivo para as práticas de jogos e esportes - esses dados estão no livro Dez escolas, dois padrões de qualidade.

2. Importância do professor (formação e valorização);
3. Gestão democrática e participação da comunidade escolar (conselhos escolares atuantes e fortalecidos, que acompanham a vida da escola e do aluno, atuando no cuidado com a aprendizagem e no combate à evasão escolar); incentivo à participação das famílias, não apenas em reuniões periódicas, mas em decisões que afetam a vida dos alunos, como obras na escola, uso de uniforme e definição de normas de organização e disciplina; incentivo e fortalecimento
de possibilidades de engajamento de alunos em atividades socioculturais ou voltadas para a participação na gestão escolar;
formas diversas de decisão coletiva no que diz respeito às práticas pedagógicas da escola;
4. Participação dos alunos; e,
5. Parcerias externas.

O estudo aponta ainda quatro outras questões que contribuíram para o bom desempenho das escolas pesquisadas:
1. O clima da escola (ambiente escolar, relações entre as pessoas);
2. A organização e a disciplina como elementos que valorizam a escola;
3. A importância das bibliotecas, laboratórios de informática, ciências e quadras de esporte; e,
4. A importância do trabalho articulado com as secretarias municipais e estaduais e com as demais escolas da rede e do município.

SOBRE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

As práticas pedagógicas formam o conjunto central das atividades que propiciam a aprendizagem das crianças e dos adolescentes dentro da escola. A maior parcela de responsabilidade sobre o sucesso ou fracasso da escola na aprendizagem de seus alunos é atribuída a essas práticas.
Não existem receitas prontas para que boas práticas pedagógicas sejam desenvolvidas pelos educadores. Mas é correto dizer que as práticas não nascem do vazio, ou apenas do desejo ou das boas intenções de professores, coordenadores, gestores ou mesmo dos alunos e de suas famílias.

Elas são fruto da soma de condições objetivas e do compromisso de todas as pessoas participantes do cotidiano da escola com a qualidade do ensino que será oferecido a cada criança e adolescente. São parte das condições objetivas a formação inicial e continuada dos professores; a capacitação dos funcionários; o modelo e os procedimentos
da gestão escolar; a infra-estrutura e as condições materiais da escola; a definição clara dos objetivos a que a escola se propõe em relação à formação dos alunos; o grau de participação de diretores, professores, funcionários, alunos, pais e parceiros da escola; a possibilidade de trabalho coletivo; o acompanhamento e avaliação permanente
do trabalho desenvolvido; e a boa articulação com a rede e com seus organismos de gestão.

Para serem fortes e efetivas, as práticas demandam uma atitude atenta e cuidadosa no planejar, realizar e avaliar cada passo, com a participação de todos. Afinal, não são eternas ou imutáveis.

A Dimensão 2: A Importância do Professor

Em todas as escolas pesquisadas, foram identificadas boas práticas relacionadas ao professor.
Elas revelam o que está sendo feito para assegurar ao professor as condições necessárias para o êxito das crianças e dos adolescentes na aprendizagem, especialmente na área da formação e capacitação.
Mas evidenciam também que questões subjetivas, como dedicação, entusiasmo, compromisso, constituem um parte importante do fazer pedagógico.

O professor e a professora têm um papel central no processo educativo. Além de sua tarefa específica de coordenar as atividades cotidianas do aprender e da maior convivência e interação com o AAlunos, é para eles que são dirigidas as expectativas de aprendizagem, de reconhecimento, de afetividade, de superação e de vivências dos
alunos.

Todo projeto pedagógico depende das condições objetivas que a política pública oferece e da competência, compromisso profissional e consciência ética de todos os profissionais envolvidos.
No caso dos professores, esses fatores tornam-se mais cruciais, porque é ele ou ela quem estabelece os vínculos, orienta as ações e, junto Com as crianças e os adolescentes, determina o ritmo do processo de aprendizagem. Não será exagero dizer que o professor é a alma do processo educativo.

• Trabalho coletivo, em equipe, compartilhado, coordenado

Experiências de planejamento coletivo, de encontros e centros de estudo, de articulação, intercâmbio e troca de conhecimentos entre professores são recorrentes nas escolas analisadas.

A Dimensão 3: A Gestão Democrática e a Participação da Comunidade Escolar

Ao identificar boas práticas no campo da gestão democrática e da participação da comunidade escolar, observamos que as escolas analisadas apresentam processos muito diferenciados de participação, que, em maior ou menor grau, contribuem efetivamente para os resultados na aprendizagem das crianças.

• Projetos de ensino
Elaborados pela equipe da escola e implementados com participação ativa da direção e coordenação pedagógica, professores, funcionários e alunos, alguns desses projetos contam também com a participação de famílias e da comunidade.

• Inovações na organização da escola
Algumas escolas analisadas inovam na forma de funcionar ou na forma de organizar a sala de aula ou as disciplinas, como, por exemplo, o aumento do tempo escolar, disposição do mobiliário nas salas, integração entre disciplinas.

• Ensino contextualizado
A forma de ensinar considera a realidade do aluno e da comunidade, seja nas atividades desenvolvidas ou no material didático utilizado.
O livro didático é utilizado em todas as escolas, mas, em muitas delas, seu uso é determinado pelo projeto da própria escola – ordem dos temas, momento e tipo de utilização – e complementado com materiais criados pelos professores, muitas vezes com participação dos alunos.

• Implementação de novas formas de acompanhamento e avaliação da aprendizagem dos alunos
As escolas têm programas de recuperação paralela ao período letivo, com atenção individual e aulas de reforço para alunos com
dificuldades, sem esperar apenas os resultados das provas regulares ou o final dos semestres.

• Realização de atividades externas com os alunos
Crianças e adolescentes têm oportunidades de sair da escola para conhecer o município onde vivem, participar de eventos culturais, ir ao cinema, desenvolver atividades de educação ambiental, interagir com outras escolas em feiras e exposições e com a comunidade e até viajar para conhecer outros municípios
• Incentivo à prática de jogos e esportes
Jogo de xadrez ou de damas, prática de esportes coletivos, participação em torneios e campeonatos são organizados ou facilitados pela escola, muitas vezes em integração com a comunidade.

A Dimensão 4: A Participação dos Alunos

Nas escolas pesquisadas, são muitas e variadas as formas de participação do aluno. Essa participação contribui para uma maior valorização e respeito dos alunos dentro do ambiente escolar

Bem, esse é apenas um apanhado do livro, mas as reflexões são mais amplas e merecem estudos.

Atenciosamente,
Luís Moreira
Superintendente Escolar.
12ª CREDE
88 9 99508180

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