Nesse
momento não sei se sou realista ou estou muito pessimista
diante desse cenário tão complicado não só no Brasil, mas também
no mundo. Parece que a crise do sistema financeiro internacional que
começou no ano de 2008 nos jogou em um abismo muito profundo.
O
fato é vivemos em uma sociedade de desiguais em um sistema que preza
pela competição e classificação, apesar de "afirmações
espúrias" de que é preciso ensinar o indivíduo a pescar e que
o "sol nasceu para todo mundo". E que “cotas são para
privilegiar pessoas que não têm condições de passar nesses exames
classificatórios e para tomar vagas de quem é esforçado e estuda”.
Dou
como exemplo a exclusão do meu sobrinho para o acesso à escola
profissional de Russas no curso de informática. Pelo sistema de
classificação (notas) ele foi excluído, apesar de ser um bom aluno
na escola de origem e até ter ganho prêmio em olimpíadas.
Por
outro lado, vejo projetos maravilhosos como os projetos de Escolas do
Campo, Escolas Indígenas e a criação da Universidade Aberta do
Brasil e esses cursos a distância pelos quais estamos envolvidos e
nos envolve como aluno e professor.
O
desafio do nosso pais é "colocar para dentro" quando ainda
temos só no Ceará mais de 147mil jovens fora da escola no ano de
2013.
Por
fim, como já escrevi por aqui o que está em discussão são
projetos, ideias, concepções de sociedade, de homem, de educação,
de mundo e DE BRASIL, e tudo isso se reverbera quando sentamos para
avaliar e não nos lembramos dessas questões.
No
entanto, Amaral (2008) observa de forma eloquente essas reflexões:
para
falar desses conceitos, precisamos começar pensando na função da
avaliação e a quem ela se destina, não nos esquecendo de que tais
questões estão intimamente relacionadas à concepção de educação,
homem e sociedade que cada um tem, pois o professor não é um
profissional neutro; ele traz para seu trabalho suas condições
sócio-políti-co-culturais e a partir delas pode buscar subsídios
teórico-práticos que sustentem sua atuação pedagógica.
Nessa
linha de pensamento, a avaliação, a priori, deverá ser orientado
para o desenvolvimento do aluno, antes e durante o processo de ensino
e aprendizagem.
Esse
é o processo em que estamos imersos nessa modalidade de ensino, como
tão bem escreve Vidal e Maia, (2010, p. 80): a avaliação da
aprendizagem assumirá funções diagnóstica, formativa e somativa,
desenvolvendo-se de forma contínua, cumulativa e compreensiva,
utilizando-se os seguintes instrumentos: trabalhos, pesquisas,
atividades laboratoriais, atividades de campo, relatórios,
atividades no AVA e provas escritas (realizadas presencialmente).
A
aprendizagem formativa é aquela em que o professor consegue fazer,
segundo Paulo Freire, ação-refelxão-ação e desenvolve uma
práxis pedagógica consciente. A aprendizagem formativa é realizada
continuamente e dela o professor extrai reflexões sobre o que está
dando certo ou o pode ser melhorado. E durante o procecesso de ensino
o professor também vai averiguando as condições de aprendizagem do
aluno. Nesse sentido, a avaliação diagnóstica atenta para mostrar
ao professor as reais condições de aprendizagem do aluno e como ele
pode intervir para que o aluno atinja o sucesso escolar. E a
aprendizagem somativa revela o resultado de todo o processo de ensino
a distância com os 60% de atividades avaliativas presenciais e 40%
de atividades avaliativas virtuais.
E
esses projetos me deixam mais otimista com o país, com as pessoas e
comigo mesmo.
Bem,
veja, isso está em nossas mãos. E é só lembrar que um dia uma
árvore já foi semente.
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