sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Momento de desafios e reflexões

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Nesse momento não sei se sou realista ou estou muito pessimista  diante desse cenário tão complicado não só no Brasil, mas também no mundo. Parece que a crise do sistema financeiro internacional que começou no ano de 2008 nos jogou em um abismo muito profundo.
O fato é vivemos em uma sociedade de desiguais em um sistema que preza pela competição e classificação, apesar de "afirmações espúrias" de que é preciso ensinar o indivíduo a pescar e que o "sol nasceu para todo mundo". E que “cotas são para privilegiar pessoas que não têm condições de passar nesses exames classificatórios e para tomar vagas de quem é esforçado e estuda”.


Dou como exemplo a exclusão do meu sobrinho para o acesso à escola profissional de Russas no curso de informática. Pelo sistema de classificação (notas) ele foi excluído, apesar de ser um bom aluno na escola de origem e até ter ganho prêmio em olimpíadas.
Por outro lado, vejo projetos maravilhosos como os projetos de Escolas do Campo, Escolas Indígenas e a criação da Universidade Aberta do Brasil e esses cursos a distância pelos quais estamos envolvidos e nos envolve como aluno e professor.
O desafio do nosso pais é "colocar para dentro" quando ainda temos só no Ceará mais de 147mil jovens fora da escola no ano de 2013.
Por fim, como já escrevi por aqui o que está em discussão são projetos, ideias, concepções de sociedade, de homem, de educação, de mundo e DE BRASIL, e tudo isso se reverbera quando sentamos para avaliar e não nos lembramos dessas questões.
No entanto, Amaral (2008) observa de forma eloquente essas reflexões:  para falar desses conceitos, precisamos começar pensando na função da avaliação e a quem ela se destina, não nos esquecendo de que tais questões estão intimamente relacionadas à concepção de educação, homem e sociedade que cada um tem, pois o professor não é um profissional neutro; ele traz para seu trabalho suas condições sócio-políti-co-culturais e a partir delas pode buscar subsídios teórico-práticos que sustentem sua atuação pedagógica.
Nessa linha de pensamento, a avaliação, a priori, deverá ser orientado para o desenvolvimento do aluno, antes e durante o processo de ensino e aprendizagem.
Esse é o processo em que estamos imersos nessa modalidade de ensino, como tão bem escreve Vidal e Maia, (2010, p. 80): a avaliação da aprendizagem assumirá funções diagnóstica, formativa e somativa, desenvolvendo-se de forma contínua, cumulativa e compreensiva, utilizando-se os seguintes instrumentos: trabalhos, pesquisas, atividades laboratoriais, atividades de campo, relatórios, atividades no AVA e provas escritas (realizadas presencialmente).
A aprendizagem formativa é aquela em que o professor consegue fazer, segundo Paulo Freire, ação-refelxão-ação e desenvolve uma práxis pedagógica consciente. A aprendizagem formativa é realizada continuamente e dela o professor extrai reflexões sobre o que está dando certo ou o pode ser melhorado. E durante o procecesso de ensino o professor também vai averiguando as condições de aprendizagem do aluno. Nesse sentido, a avaliação diagnóstica atenta para mostrar ao professor as reais condições de aprendizagem do aluno e como ele pode intervir para que o aluno atinja o sucesso escolar. E a aprendizagem somativa revela o resultado de todo o processo de ensino a distância com os 60% de atividades avaliativas presenciais e 40% de atividades avaliativas virtuais.
E esses projetos me deixam mais otimista com o país, com as pessoas e comigo mesmo.

Bem, veja, isso está em nossas mãos. E é só lembrar que um dia uma árvore já foi semente. 

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