O Ensino bilíngue surgiu apenas na década de 80 como proposta para a educação de surdos, o que denota a necessidade do aprendizado da língua de sinais em conjunto com a língua oral. Nessa perspectiva, tal alternativa se mostra de extrema importância para compensar de modo eficaz a falta de comunicação imposta pela surdez. No entanto, a disciplina de Libras não está de forma satisfatória na grade curricular do Ensino Nacional, o que afeta diretamente a inclusão social de pessoas com deficiência de surdez.
Com base no exposto, a educação do surdo na proposta de ensino bilíngues tem como prioridade o acesso da criança portadora de deficiência auditiva ao ensino de Libras à base da convivência e nos estímulos com a comunidade surda. Tal acesso facilitará, sem dúvida alguma, no futuro da criança em relação ao aprendizado da língua oral em sua forma escrita. Embora exista uma acessibilidade ineficaz, o Ministério da Educação vem trabalhando para suprir as necessidades desse contingente da população brasileira com o objetivo de fornecer uma educação inclusiva.
Nesse sentido, quando entendendo a inclusão com qualidade (o maior desafio) a Política Política Nacional da Educação Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva I - 2008 propõe que AEE - Atendimento Educacional Especializado seja realizado por profissional com conhecimentos específicos no Ensino de Libras - Língua Brasileira de Sinais e Língua Portuguesa na modalidade escrita. Ou seja, a relevância desse ensino está fundamentada na comunicação em si como direito assegurado a todo cidadão. E nesse sentido, percebe-se todo o encaminhamento da legislação da Educação Brasil nesse caminho - escolas regulares (salas comuns)
E para Educação Inclusiva é necessário que a gestão educacional dos sistemas de ensino e a gestão escolar nas escolas desenvolver a educação especial com responsabilidade e compromisso, disponibilizando as funções de instrutor, tradutor- intérprete de libras e guia de intérprete - Eis aí os maiores desafios do ensino de Livras na perspectiva inclusiva.
Outros desafios para alunos surdos é o serviço de apoio pedagógico especializado quando necessário como o trabalho de complementação curricular que objetiva o enriquecimento das atividades desenvolvidas nas salas comuns.
Ademais, a língua é uma das principais formas de desenvolver artifícios cognitivos do ser humano, e a escola é intrínseca nesse processo de formação, pois é um lugar de aprendizagem, de permuta de conhecimentos e é por tais motivos que as instituições de ensino precisam atender a todos de forma igualitária, inserindo como disciplina obrigatória nos cursos que formam professores, em nível superior e médio, de instituições de ensino pública e privada, pois dessa maneira tanto a linguagem como a língua estarão sendo instrumentos de intermediação.
Desse modo, é necessária a inclusão de dispositivos que facilitem a educação dos surdos, a primeira língua deve ser a de sinais, pois ela será o intermédio entre a comunicação entre a escola e a língua portuguesa escrita.
Em conjunto a isso, é preciso que todas as instituições apresentem em sua base curricular o ensino de Libras e que seja amparado tanto quanto as demais disciplinas da matriz curricular com o conjunto de profissionais qualificados junto ao uso da tecnologia como vídeo-provas, e até mesmo de ProDeaf que é um software que aproxima os surdos dos ouvintes, facilitando a comunicação entre eles.
Portanto, para melhor entendimento do que foi exposto e também relação a Lei, devemos tomar como exemplo o estado de Pernambuco que implantou nesse ano de 2018 a oferta do ensino de LIBRAS como obrigatório para a Escola, embora o estudante ou o responsável tenha a opção de cursar ou não tal disciplina, e isso foi um grande passo que pode ser tomado pelo restante do País e deve ser levado adiante pelas autoridades com o apoio da sociedade em geral.
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